top of page

Obesidade Infantil

Atualizado: 10 de abr. de 2019

O sedentarismo precoce, aliado aos péssimos hábitos alimentares e o modo de vida segregado de nossas crianças contribuem para essa pandemia mundial. Saiba como prevenir a obesidade na sua família, bem como lidar com o sobrepeso de seus filhos.



Converso muito com meus pacientes sobre a necessidade de modificar os hábitos das crianças atualmente. O sedentarismo, excesso de televisão, videogames e “fast food” estão as deixando cada vez mais obesas.


A obesidade se tornou uma pandemia. Ao longo dos últimos 30 anos, triplicou a prevalência de crianças com sobrepeso, que são aquelas cujo IMC está acima do percentual de 85 conforme a idade e o sexo.


A OMS indica que 22 milhões de crianças menores de 05 anos de idade estão obesas ou com sobrepeso, em todo o mundo. Há crianças desenvolvendo obesidade no útero, pelo excesso de alimentação materna. Bem como existem bebês que apenas se alimentam de leite materno, mas ao final do primeiro ano de vida estão pesando acima da média.


Por fim, há o caso daquelas mães que sentem prazer em amamentar o bebê 24hs. A livre demanda no aleitamento materno é bem-vinda, contudo, estimular o hábito de se alimentar em excesso, desde cedo, contribuirá para a obesidade da criança ao longo da vida.


A obesidade infantil também está relacionada a herança genética, ou seja, crianças que possuem pais obesos, tendem a ser obesas também. A Academia Americana de Endocrinologia Infantil recentemente constatou que a causa da obesidade em crianças está associada a um pequeno desequilíbrio crônico de energia que é difícil de ser detectado pelos métodos atuais de mensuração de ingestão e gasto de energia.


Os males oriundos da obesidade vão desde problemas motores até emocionais. Dificuldade de locomoção, falta de ar, dores cervicais, sudorese excessiva, dificuldades para dormir, assim como

bullying, depressão e baixa autoestima, são fatores resultantes da obesidade.

Esses danos psicológicos e emocionais, geram isolamento, sedentarismo e compulsão alimentar, levando a criança a um ciclo vicioso.


A obesidade infantil se tornou uma questão de saúde pública, em razão do risco de morte a longo prazo. Tal como o adulto, a criança sofre de apneia, hipertensão, problemas cardiovasculares e na fase adulta pode desenvolver diabetes do tipo 2.


A obesidade deve ser tratada, clinicamente e preventivamente, por uma equipe multidisciplinar composta por pediatra, endocrinologista, psicólogo infantil e nutricionista infantil. Além do suporte clínico, será necessário o apoio familiar, por meio da modificação dos hábitos alimentares, sociais e da rotina da família. Reeducação alimentar e prática de atividades físicas regulares para todos serão fundamentais nesse processo.

71 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page