O que é realmente? Quais são as suas características? Todo vômito pós aleitamento
é indicativo de refluxo? Meu filho tem refluxo doutor? Como faço para identificar? Devo
me preocupar? Todas essas questões serão esclarecidas no texto abaixo e você saberá,
ainda, se o seu filho tem refluxo ou se ele é apenas um bebê vomitador.
Há no momento a crença de que todo bebê que vomita após a ingestão de leite sofre de Refluxo Gastroesofágico, contudo não é bem assim. O bebê pode ser um bebê vomitador, que é aquele neném guloso, que ama ficar no peito da mãe, aproveitando a livre demanda e acaba mamando além do que seu estômago suporta. Ou então, aquele bebê agitado que se sacode durante a mamada e acaba regurgitando um pouco do leite. Esses dois casos, nada têm a ver com refluxo gastroesofágico.
É preciso compreender que o sistema digestivo começa na boca e termina no ânus, e o alimento passa por várias fases durante o processo da digestão. Quando o bebê abre a boca para receber a alimentação, a Válvula-Cárdia que comunica o esôfago com estômago, se abre simultaneamente para que o alimento chegue até o estômago. Quando o neném fecha a boca essa válvula fecha e alguns minutos depois, a Válvula- Piloro é aberta para comunicar o estômago com o intestino e assim concluir o processo digestivo.
O Refluxo ocorre quando, no momento da alimentação a Válvula-Cárdia fica aberta após o fechamento da boca do bebê e com isso, o alimento acaba voltando para o esôfago e a boca do bebê, resultando no vômito. De forma que os sucos gástricos ácidos causam uma sensação de queimação, que vulgarmente conhecemos como Azia, deixando os bebês chorosos, irritados e incomodados após a amamentação.
Devemos nos preocupar com o refluxo quando o bebê apresentar: irritação após a mamada, otite de repetição secundária pós regurgitação, problemas respiratórios crônicos e ausência de ganho de peso.
A melhor forma de tratar o refluxo é por meio de controle de peso mensal, a prescrição de medicamentos para melhorar a tonicidade da Válvula- Cárdia, o uso de medicamentos para diminuição da produção de suco gástrico a fim de proteger a mucosa gástrica, manter a cabeceira do bebê elevada após a amamentação, evitar sacolejar o bebê após a alimentação e inserir na dieta fórmulas espessantes.
Caso o refluxo gastroesofágico persista ou seja grave, é recomendável a investigação laboratorial para quantificarmos o grau do refluxo e tomarmos as medidas cabíveis.
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