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Intolerância à Lactose

Fala-se muito em intolerância à lactose, mas do que se trata realmente? Como ela acontece? Quais os cuidados devemos ter? Como conviver bem com a doença? Como ter qualidade de vida? Abordaremos esse assunto tão relevante e atual, agora mesmo.


A lactose é o principal carboidrato presente na alimentação infantil e possui um papel importante no desenvolvimento da flora ou microbiota intestinal (que impede a instalação de microrganismos patológicos no intestino).

A lactose é o carboidrato mais abundante no leite materno e também nas fórmulas de leite infantil. Para ser incorporada pelo intestino, a lactose é “quebrada” por uma enzima denominada lactase. Essa enzima está presente nas vilosidades intestinais, que são responsáveis pela absorção de todos os alimentos, principalmente da lactose.


Todas as vezes que a criança apresentar reações fisiológicas nessas vilosidades, a ingestão de lactose ficará prejudicada. Ela não será absorvida corretamente pelo intestino por causa da ausência de lactase. Nesse quadro, ocorrerá diarreia na criança.

A intolerância à lactose, portanto, nada mais é que uma reação fisiológica nas vilosidades intestinais que dificulta a produção da lactase, impede a absorção da lactose e resulta em diarreia.

O intestino se divide em 2 partes: intestino delgado e intestino grosso, esse processo da ação da lactase ocorre no intestino delgado. A ausência de lactase nele, impedirá a absorção da lactose, que será fermentada pelas bactérias, gerando uma carga osmótica, resultando em aumento de líquido dentro do intestino grosso e levando a diarreia, distensão abdominal, flatulências e cólicas.

Há 4 tipos de intolerância à lactose: congênita, primária, secundária e terciária. A congênita é rara, ocorre principalmente em recém-nascidos. Nesse caso, ele nasce sem lactase e as primeiras fezes costumam vir acompanhadas de sangue.

A primária é uma condição genética, ocorre em RN e lactentes. Enquanto a secundária e a terciária são condições transitórias que podem ocorrer em qualquer pessoa.

Os dois últimos tipos ocorrem em crianças que possuem diarreia de repetição, causando o achatamento das vilosidades intestinais. Esse achatamento prejudica a produção de lactase, de modo que não haverá “quebra” da lactose. Indivíduos que desenvolvem intolerância na fase adulta, sofrem da secundária ou da terciária.

A giardíase e a gastroenterite aguda também são causas de interrupção temporária da produção de lactase, resultando em intolerância.

A melhor forma de conviver com a intolerância à lactose é fazendo uma dieta apropriada, desprovida de leite e derivados, bem como fazendo o manejo das diarreias agudas desde a infância, para que o intestino possa recuperar suas vilosidades.

O acompanhamento pelo pediatra, gastroenterologista, nutricionista e clínico geral, é fundamental para o tratamento da doença.


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