As crises convulsivas costumam assustar os pais e deixá-los muito preocupados. A maioria dos meus pacientes já pensam logo em epilepsia e se desesperam. Calma, apesar de alarmante a convulsão febril não pode ser considerada indício de doença neurológica. Ela é normal e geralmente ocorre em razão da febre elevada. Nesse texto, conversaremos sobre ela e vocês poderão ficar mais tranquilos, caso ocorra com o filho de vocês.
A febre acima de 38 graus pode vir acompanhada da convulsão febril. Ela pode ocorrer em crianças a partir dos 6 meses até os 5 anos de idade, contudo a maioria dos episódios se concentra em crianças de 12 a 18 meses de idade. Apesar de assustadora, a convulsão não significa a existência de uma enfermidade grave. Ela ocorre em crianças neurologicamente saudáveis, não provoca danos cerebrais, sequela, prejuízo cognitivo e nem déficit de aprendizado.
Ela também não afeta o desenvolvimento intelectual da criança. É muito importante esclarecer que, um episódio convulsivo não pode ser considerado indício de epilepsia e também não significa que toda vez que ela tiver febre, a febre virá acompanhada de convulsão. As crises convulsivas somente serão patológicas quando não estiverem associadas à febre. Quais são as características da convulsão febril? 1. Crise convulsiva sempre acompanhada de febre elevada, acima de 38 graus.
2. Crianças de 6 meses a 5 anos de idade.
3. Ausência de infecção ou inflamação do sistema nervoso central. (faz-se uma punção lombar para afastar uma possível meningite, caso haja inflamação no liquido cefalorraquidiano)
4. Ausência de anormalidade metabólica. (convulsão por excesso de medicamentos, hipoglicemia ou desidratação grave)
5. Ausência de histórico convulsivo familiar. Caso o recém-nascido, menor de 6 meses, apresente convulsão febril, ele precisará ser examinado, pois bebês jovens não devem apresentar esse tipo de enfermidade. O mesmo vale para crianças que a partir dos 2 anos de idade, apresentam convulsão febril repetidamente, elas precisarão ser acompanhadas e examinadas por um neurologista pediátrico. #convulsaofebril #bebe #neonato #crianca #saudeinfantil #pediatra #neurologista #cuidados #draluisiodeoliveira
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