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Cefaleia Infanto-Juvenil

A cefaleia conhecida popularmente como dor de cabeça, é uma queixa que não deve ser desprezada pelos pais. As queixas frequentes da criança e do adolescente devem ser investigadas meticulosamente, a fim de determinar sua causa, bem como para afastar a possibilidade de alguma patologia mais grave. A cefaleia pode ser indício de problemas neurológicos, oftalmológicos ou simplesmente ser decorrente de um quadro infeccioso. Nesse texto abordarei a melhor forma de lidar com as dores de cabeça infanto-juvenil.


A dor de cabeça é uma queixa muito frequente em consultório pediátrico. Muitas vezes passam desapercebidas ou não são levadas a sério pelos pais, apesar de sua gravidade e importância.


A cefaleia infanto-juvenil costuma ser associada ao distúrbio de refração oftalmológica, distúrbio psicológico e início da puberdade. Contudo, eu aconselho fazer um diagnóstico mais detalhado para que possamos ter certeza da razão das dores de cabeça.


Devemos fazer uma boa anamnese (história clínica) da doença, e a partir desse dado poderemos diagnosticar melhor a causa.


A cefaleia pode vir associada ao processo infeccioso, que não faz parte da queixa principal da criança, e desaparecer tão logo cesse a referida infecção.


Devemos no preocupar mais, quando a criança ou o adolescente apresentarem cefaleias crônicas ou recorrentes. Essas duas modalidades precisam ser elucidadas minuciosamente e com urgência.


Há dois tipos de cefaleias: as primárias e secundárias. As primárias são aquelas oriundas de enxaquecas, tensões musculares e psicológicas. O diagnóstico delas é feito apenas pela anamnese, não há exames laboratoriais para diagnostica-las. As secundárias estão associadas a infecções e problemas neurológicos, tais como processos expansivos-intracranianos (tumores e hipertensão intracraniana). A Rino sinovite está associada, igualmente, à cefaleia secundária.


Toda criança e adolescente com queixas de cefaleia deve ser examinado meticulosamente, a fim de que possamos definir, com exatidão, o tipo de cefaleia que o acomete e assim dar início ao tratamento adequado.


Por meio da anamnese, exames laboratoriais e de imagem, chegaremos ao diagnóstico correto.


Aconselho novamente aos pais que não ignorem as dores de seus filhos, pois as dores de cabeça incomodam e atrapalham a rotina infanto-juvenil. Impossibilitam a prática esportiva, reduzem o rendimento escolar, diminuem a qualidade de sono, bem como prejudicam as atividades sociais da criança e do adolescente.


Além disso, a cefaleia pode ser o indício de uma patologia grave.


A criança e o adolescente com cefaleia crônica ou recorrente deverão ser acompanhados por especialistas. Inicialmente pelo pediatra, e após o resultado dos exames mencionados acima, pelos profissionais da área de saúde específica de cada quadro clínico.


Nos casos em que a cefaleia seja de origem neurológica, o acompanhamento será feito pelo neurologista. Em casos de refração oftalmológica pelo oftalmologista e assim, sucessivamente. Haverá casos em que o acompanhamento será feito pelo otorrinolaringologista, pelo dentista e outros pelo psicólogo infantil.


Tudo dependerá do resultado dos exames e do tipo de cefaleia diagnosticada.

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