top of page

Cama compartilhada

É realmente uma boa ideia? E se a criança não se acostumar com a própria cama? É um assunto polêmico, que gera bastante discussão, por isso achei interessante colocar aqui no blog, para auxiliar aqueles que possam ter algumas dúvidas sobre o tema.




Muitos pacientes me perguntam se devem permitir que seus filhos durmam na cama com eles.


É um tema polêmico, acerca do qual, médicos e psicólogos concordam que as crianças devem aprender desde cedo a dormirem sozinhas, para adquirirem consciência sobre o seu próprio espaço. Contudo, há quem justifique a cama compartilhada sob o viés da segurança e proteção que as crianças sentem ao estarem junto dos pais na hora de dormir.


Eu, particularmente, não aconselho a prática, por diversos motivos.


Primeiro porque acho importante a criança ter seu próprio espaço e aprender a dormir sozinha. Os pais podem coloca-la num quarto próximo ao deles. Somente no caso do recém-nascido, que eu recomendo abrir uma exceção, permitir que ele repouse no bercinho ao lado da mãe, nas primeiras semanas de vida, para maior comodidade dela.


Segundo, porque acredito que o casal deva manter sua intimidade, e a prole dividindo o mesmo leito atrapalha a dinâmica do casal.


Terceiro, porque há o risco de morte súbita do bebê por sufocamento ou trauma. Seja porque os pais inconscientemente rolaram por cima da criança, seja porque a criança ficou sufocada pelo lençol e os pais, em razão do sono pesado, não perceberam.


Caso as crianças necessitem de algum suporte durante à noite, é mais benéfico que os pais vão até o quarto delas e solucionem o problema lá. Assim as crianças crescerão mais independentes e aprenderão a lidar com seus medos mais facilmente.


Quando a criança estiver adoentada, eu aconselho aos pais, que se revezem dormindo no quarto dela em cama separada. Pois, se optarem pelo contrário, poderão iniciar um hábito que depois será difícil de reverter.


O fato da criança repousar no próprio leito não impede que os pais a coloquem para dormir, leiam histórias e realizem orações junto com ela. Todas essas atividades são formas de estreitamento de vínculo afetivo e segurança com a criança, sem a necessidade da cama compartilhada.

32 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


bottom of page