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Bebês podem ter contato com bactérias?

Essa dúvida é muito frequente nos meus atendimentos. A maioria dos pais tem pavor de bactérias e preferem manter seus filhos em ambientes extremamente higienizados, praticamente estéreis. Contudo, após a leitura desse texto, vocês perceberão que as bactéria são bastante necessárias para a saúde e equilíbrio do organismo da criança.



O excesso de zelo e limpeza dos pais com seus bebês pode ser prejudicial para a saúde deles. Isto porque, há diversos estudos na literatura médica que comprovam a necessidade de contato com bactérias para o bom desenvolvimento imunológico das crianças.


No livro, “Let Them Eat Dirt”, o microbiologista canadense Brett Finlay, fala sobre o risco de um mundo esterilizado e extremamente higienizado, desprovido dessas bactérias saudáveis. O professor esclarece que o contato com bactérias favorece o aumento da resistência imunológica das crianças. As bactérias comunitárias presentes no intestino, garganta e vias respiratórias irão contribuir para estimular a produção de mais anticorpos.


O objetivo dessa estimulação da população bacteriana serve para equilibrar a quantidade de bactérias saudáveis no organismo da criança. Pois, elas evitarão que bactérias ruins invadam o organismo do bebê.


Portanto, o contato da criança com bactérias do bem é extremamente saudável para ela. Manter a casa super higienizada, esterilizar a criança o tempo todo, enfraquece o seu sistema imunológico e prejudica a saúde dela. Tornando-a vulnerável às doenças.


Claro que é importante ressaltar que, colocar a criança em contato com o chão, permitir que ela ande descalça pelo quintal, não significa ignorar hábitos de higiene rotineiros, tais como: lavar as mãos, tomar banho, higienizar alimentos e objetos de uso pessoal da criança. Todas as ações relativas ao saneamento básico devem ser mantidas.


O que precisa existir é um equilíbrio. Não se trata de expor um recém-nascido que ainda não completou o seu ciclo de vacinas a uma fossa aberta, ou a um terreno baldio repleto de lixo e entulho.


Trata-se de permitir que a criança tenha contato com bactérias saudáveis para que ela não se torne um indivíduo estéril e suscetível a infecções.

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